Olho seco é a situação em que ocorre redução da quantidade de lágrima na superfície ocular, seja por comprometimento da capacidade de produção da lágrima pelas glândulas lacrimais, que ocorre diante de doenças inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide e o lúpus eritematoso sistêmico além de síndrome de sjogren; pelo uso de algumas medicações que predispõem o ressecamento da superfície dos olhos, nariz e boca (olho seco medicamentoso); ou mesmo pela exposição prolongada a frente dos eletrônicos (doença da modernidade) e atrelada a redução do número de piscadas e consequentemente distribuição da lágrima sobre a superfície dos olhos, além do inverno e das baixas temperaturas e consequente queda da umidade relativa do ar (olho seco evaporativo).
Isolamento Social
O inverno caracterizado pelas baixas temperaturas e a umidade relativa abaixo dos padrões de normalidade determinam que não devemos descuidar da saúde ocular nessa época do ano. Associando esse momento climático às condições rotineiras de trabalho, agora exacerbados pela rotina de Home Office definida pela quarentena e o uso excessivo dos eletrônicos acabam propiciando a condição classificada como de olho seco do tipo evaporativo e que neste momento acaba acometendo ainda maior número de indivíduos durante a sua rotina na Pandemia.
Anatomia
A primeira estrutura anatômica reconhecida a partir da superfície do olho é a lágrima e a situação de olho seco acontece em razão da mudança da qualidade ou da quantidade em uma de suas três camadas: oleosa (externa), aquosa (intermediária) e de mucina (interna). Por esta razão, é fundamental que a superfície do olho esteja constantemente lubrificada, permitindo não só que a sua integridade seja preservada, mas também que a córnea tenha a transparência adequada e, consequentemente, que a pessoa consiga enxergar por meio dessa estrutura com nitidez.
Fisiopatologia
Condição associada à modernidade, o olho seco evaporativo está associado ao uso excessivo de computadores, tablets e smartphones. O uso desses aparelhos ativa no sistema nervoso central um tipo de atenção chamada de “atenção ativa“, que por sua vez consegue inibir mecanismos autônomos, tais como, o pestanejar/piscar, principal mecanismo palpebral responsável pela lubrificação da superfície ocular através da distribuição da lágrima. As pessoas necessitam de, pelo menos, cerca de quatro piscadas por minuto. No entanto, fisiologicamente, uma pessoa pisca, mais ou menos, 20 vezes por minuto.
Estes aparelhos reduzem a frequência da piscadela, o que faz com que a lágrima não seja espalhada corretamente sobre a superfície do olho, que acaba ficando seco. Além das telas eletrônicas, temos uma condição ambiental denominado de ambiente hostil, caracterizado pelo excesso de iluminação, exposição constante aos eletrônicos durante a quarentena. Estes cenários são capazes de estimular o olho seco, condição que se soma a umidade relativa baixa, nossa lágrima é evaporada ainda mais rapidamente.
Os sintomas são:
• Sensação de peso nas pálpebras;
• Olhos vermelhos;
• Ardor;
• Irritação;
• Sensação de areia;
• Desconforto e cansaço visual;
• Visão turva, que melhora após fechar os olhos.
Prevenção/Tratamento:
• Beba pelo menos 2 litros de água diariamente;
• Retire sempre toda a maquiagem e oleosidade da região dos olhos, pois os resíduos de sujeira podem entrar em contato com a lágrima, causando alteração na sua composição;
• Uso de colírios lubrificantes ou lágrimas artificiais podem ajudar no incômodo. No entanto, um médico deve ser consultado antes da automedicação;
• Para quem têm trabalhado exaustivamente a frente do computador, o recomendado é posicionar a tela com a margem superior sempre na linha dos olhos e nunca acima (o que define uma abertura ocular maior que a habitual e gera maior exposição da superfície dos olhos);
• Nas telas em geral, é necessário fazer pausas de 5-10 minutos a cada hora;
• Lembre-se de piscar para que o olho não fique sem lubrificação.
A condição de olho seco pode tornar a superfície ocular ainda mais susceptível ao coronavírus e posteriores complicações determinados pelo SRAS-COV-2 e, portanto, é fundamental que sejam seguidos os cuidados adequados e em vigência de dúvidas e/ou sintomas procure seu médico oftalmologista para orientações adequadas.
A recomendação é consultar um oftalmologista caso algum dos sintomas acima seja percebido na rotina do dia a dia e assim prevenindo transtornos maiores.
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