Acompanhe a entrevista com uma mãe que passou por essa situação, e também dicas de um especialista do H.Olhos para introduzir os óculos na vida dos seus filhos.
Após a consulta e exames detalhados, vem o diagnóstico que seu filho terá que usar óculos. Neste momento, é normal a apreensão e insegurança sobre a aceitação da criança e a melhor forma de adaptação.
Foi justamente o que aconteceu com Mari Montini, quando ela ouviu do oftalmologista pediátrico, ao final de uma consulta de rotina, que sua filha Letícia, a Lele, de apenas cinco anos, tinha miopia, e que precisaria de óculos. “Fiquei arrasada. Eu perguntei para o doutor ‘é sério mesmo?’, várias vezes”. Em entrevista a H.Olhos, Mari conta como superou essa fase e encontrou a receita ideal para motivar Lele a usar óculos com prazer e felicidade.
COM QUE IDADE A LETÍCIA PASSOU A USAR ÓCULOS?
A Lele passava por consultas de rotina com o oftalmologista desde os três anos de idade, e nunca tinha dado nada. Aos cinco anos, veio o diagnóstico de miopia e, por conta disso, que ela teria de usar óculos.
COMO SE SENTIU AO OUVIR O DIAGNÓSTICO?
Fiquei arrasada. Eu perguntei para o doutor ‘é sério mesmo?’ várias vezes. Chorei, comentei com amigas “como eu iria incentivá-la a usar óculos, se eu mesma achava feio?” Sonhei, fiquei sem dormir, fiquei preocupada com ela sofrer bullying e fiquei triste.
QUAL FOI A REAÇÃO DA LETÍCIA QUANDO SOUBE QUE TERIA DE USAR ÓCULOS?
Na hora que recebeu a notícia, ela ficou feliz, gostou da ideia. Com o passar dos dias, meses, ela passou a não gostar, disse que se achava feia, que os óculos atrapalhavam quando ela colocava tiara, que todos olhavam para ela e que não queria mais usar.
COMO FOI NA ESCOLA?
Nesse sentido nada mudou, porque na sala de aula dela tinha uma amiga e um amigo que já usavam, então os outros amiguinhos já estavam acostumados.
COMO VOCÊ CONSEGUIU MOTIVÁ-LA A USAR ÓCULOS?
Pensei o que poderia ser feito, então tive a ideia de comprar diferentes modelos de armação. Expliquei que os óculos passariam a ser um acessório de moda e que ela poderia combiná-los com a roupa que escolhesse para usar. Hoje, ela tem sete peças de receituário, mais quatro solares com grau. Todas as professoras, amiguinhos e até alguns pais elogiam ela, falam que lá vem a “Lele Fashion”, com seus óculos lindos, e ela adora, fica toda feliz.
Algumas crianças podem desenvolver algum tipo de grau logo na infância. Entre eles, o mais comum é a hipermetropia ou grau positivo, que muitas vezes não precisa ser corrigido. Quando o grau é mais elevado ou quando a criança tem algum grau de miopia ou astigmatismo, pode ser necessária a utilização de óculos.
Segundo o especialista do H.Olhos Paulista Dr. Fabio Pimenta de Moraes é importante fazer avaliações periódicas, ao menos anuais, para que se diagnostique o quanto antes qualquer problema. “Se o grau não for corrigido nessa fase do desenvolvimento, a visão pode não atingir a máxima capacidade e a criança pode apresentar dificuldades por toda a vida”.
Dr. Fabio ensina cinco dicas importantes para uma melhor adaptação dos óculos na vida das crianças:
1) Os óculos devem ter o tamanho adequado para o rosto da criança e, de preferência, ser de material resistente ou maleável (acetato ou silicone);
2) Após a definição do melhor modelo, a criança deve participar da escolha da armação (escolhendo o motivo ou a cor dos óculos);
3) Deve ser estabelecida uma rotina de uso dos óculos, como colocá-los ao acordar, regras para a retirada do acessório e o correto armazenamento;
4) Evitar repreender a criança quando ela retirar os óculos; por outro lado, recompensar quando o uso for correto, com alguma vantagem ou atividade que seja do interesse da criança;
5) É interessante dispor de mais de um par de óculos (para o dia a dia e para sair, por exemplo), para a criança trocar de acordo com a sua vontade.
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