A cada quatro anos, dois eventos muito queridos no Brasil acontecem na mesma época. Desde meados de junho, brasileiros de todas as regiões se unem em comemorações da Copa do Mundo e Festa Junina e Julina. Em meio às celebrações, a presença dos fogos de artifício aumenta consideravelmente, trazendo alguns riscos, que podem até ser fatais.
O problema é que um dos órgãos mais expostos aos perigos são os olhos, sujeitos a lesões graves. As mais comuns são queimaduras, danos na córnea ou perda irreversível da visão.
Segundo o CFM (Conselho Federal de Medicina), nos últimos 10 anos, o Brasil registrou mais de 5 mil internações causadas por fogos de artifício.
Ainda, entre 2008 e 2017, foram registradas 5.063 internações no Brasil, causadas por acidentes com fogos de artifício.
Os dados mostram que 2014, quando o País recebeu a Copa do Mundo, foi o ano com maior número de casos. O estudo sugere que um fato esteja associado ao outro.
Como evitar acidentes com os fogos de artifício?
Segundo o Dr. Pedro Antonio Nogueira filho, Especialista do H.Olhos – Hospital de Olhos, “Os acidentes mais comuns no período de Festas Julinas e Copa Do Mundo vêm dos fogos de artifício, que causam queimaduras e explosões, com acometimento das mais variadas partes do corpo”, ressalta.
Isso porque os olhos ficam extremamente expostos.
Os principais riscos são os traumas, entre eles, os contusos e contuso-perfurantes, que podem prejudicar a função visual de forma imediata, temporária ou definitiva.
De acordo com o especialista, é fundamental que a manipulação dos fogos seja feita exclusivamente por adultos, pois são compostos por materiais altamente inflamáveis.
O médico também aconselha a utilização de equipamentos básicos de segurança, como óculos de proteção individual e luvas, além de manter a distância mínima do produto, determinada pelo fabricante.
“Em caso de acidente, a vítima deve lavar incessantemente, em água corrente, a região da queimadura. Em seguida, deve ir imediatamente ao pronto-atendimento oftalmológico mais próximo", alerta Dr. Nogueira Filho.